sábado, 11 de janeiro de 2014


A niacina, também conhecida como vitamina B3, vitamina PP ou ácido nicotínico, é uma vitamina hidrossolúvel cujos derivados (NAD+, NADH, NADP+ e NADPH) desempenham importante papel no metabolismo energético celular e na reparação do DNA. A designação "vitamina B3" também inclui a amida correspondente, a nicotinamida, ou niacinamida.

Outras funções da niacina incluem remover substâncias químicas tóxicas do corpo e auxiliar a produção de hormônios esteróides pelas glândulas supra-renais, como os hormônios sexuais e os relacionados ao estress.
Metabolismo
Em geral se define a atividade da niacina nos alimentos como concentração de ácido nicotínico formado pela conversão do triptófano, contido nos alimentos, em niacina. Esta é biologicamente precursora de duas coenzimas que intervém em quase todas as reações de óxido-redução: a nicotinamida adenina dinucleótido (NAD+) e a nicotinamida adenina dinucleótido fosfato (NADP+). A pelagra é a conseqüência de uma carência de vitamina B3 (conhecida como "PP" por ser a vitamina que "previne a pelagra") e de triptófano ou de seu metabolismo.

As formas coenzimáticas da niacina partipam das reações que geram energia graças à oxidação bioquímica de carboidratos, lipídios e proteínas. NAD+ e NADP+ são fundamentais para se usar a energia metabólica dos alimentos. A niacina participa na síntese de alguns hormônios e é fundamental para o crescimento. A niacina funciona como vasodilatador em grandes doses.

Necessidades
A ingestão diária recomendada de miligramas equivalentes de niacina (NE) para um adulto são 6,6 mgNE por 1.000 kcal e não menos de 13 mg NE para necessidades de calorias inferiores a 2.000 kcal. As mulheres grávidas precisam de suplementos de 2NE ao dia, e as que amamentam, 5 mg NE ao dia. Para crianças de até seis meses, com uma dieta calórica de 1.000 kcal ao dia, as necessidades são de 8 mg NE ao dia. Para idades superiores as necessidades diárias dependem da ingestão calórica diária. Uma dieta pobre em vitamina B3 pode causar fadiga, irritabilidade, insônia, dor-de-cabeça, depressão nervosa, diarréia e dermatite.

Fontes
A nicotinamida e o ácido nicotínico são abundantes na natureza. Há uma predominância de ácido nicotínico nas plantas, enquando que nos animais predomina a nicotinamida. São encontradas principalmente na levedura, no fígado, nas aves, nas carnes magras, no leite e nos ovos, nas frutas secas, nos cereais integrais e em vários legumes, frutas e verduras (como o brócolis, o tomate, a cenoura, o aspargo, o abacate e a batata-doce).

Estudos entre a relação entre a deficiência de nicotinamida e o câncer da mulher. O interesse veio da descoberta de que a principal forma desta vitamina, NAD , é consumida como substrato nas reações de transferência de ADP-ribose. A poli-ADP-ribose polimerase, enzima ativada pela quebra do DNA, é a ADP-ribosiltransferase de maior interesse com respeito ao status da nicotinamida nas células, porque o aumento da sua atividade pode depletar o NAD. Estudos sobre as conseqüências da lesão do DNA em células humanas, suportam a hipótese que a nicotinamida funcione como fator de proteção que limita a carcinogênese
Dragovic em 1995, estudou as doses necessárias de nicotinamida para aumentar a sensibilidade tumoral à radioterapia e hipertermia. Concluiu que para provocar sensibilização em tumores humanos a dose segura e bem tolerada é de 6 g por via oral, em dose única, em jejum , administrada 60 minutos antes da radioterapia ou imediatamente antes da hipertermia. MacLaren em 1997, mostrou que a nicotinamida diminui a hipoxia de tumores humanos quando administrada imediatamente antes da radioterapia;
A nicotinamida administrada, há uma utilização preferencial de ATP (adenosina trifosfato ) e de PRPP ( 5-fosforilribose-1-pirofosfato ) celular para a síntese dos adenina dinucleotídeos. Esta biosíntese prioritária , cujo propósito é a conservação da nicotinamida intracelular, pode explicar o porquê da nicotinamida inibir a síntese de RNA e DNA nos tecidos em proliferação o que torna claro a razão de níveis elevados de nicotinamida serem tóxicos para animais em fase de crescimento, para células de mamíferos em cultura e para as células em ritmo acelerado de crescimento como o câncer. A nicotinamida não interfere no crescimento de crianças em fase de crescimento.


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FONTE: AMIGOS DA CURA
              

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