domingo, 29 de setembro de 2013

Niacina Tratamento de Alzheimer

A niacina é utilizada no tratamento da doença de deficiência de vitamina pelagra, que sofre de demência, como um dos seus sintomas.

Agora, a investigação tem mostrado uma ingestão diária de niacina pode prevenir ou tratar a doença de Alzheimer. A niacina pode ser feita no alimento ou como um suplemento dietético. Niacina

A niacina suplemento dietético, vulgarmente conhecido como ácido B-3 nicotínico ou vitamina, tem sido utilizado há muitos anos no tratamento da pelagra. Os sintomas da pelagra incluem diarréia, dermatite e demência. A niacina é usado em suplementos ambos farmacêuticos e dietéticos como um agente de redução do colesterol e como um forte antioxidante para o cérebro.
Do Rush Instituto

Por mais de cinco anos, de Chicago Instituto corrida de Saúde Envelhecimento estudou 3.718 homens e mulheres com idade superior a 65 anos, olhando para os efeitos de dietas ricas em niacina na prevenção da demência. O estudo comparou pessoas que comem uma dieta rica em niacina e tomar um suplemento dietético de niacina em doses que variam de 45mg ao dia e 17 mg ao dia. As pessoas com uma ingestão diária de niacina suplementar de 22.4mg foram 80 perent menos propensos a sofrer de Alzheimer do que os grupos com uma ingestão diária menor.
Tratamento

A niacina é usado no tratamento da doença de Alzheimer, tanto a dieta do paciente e, como um suplemento dietético. Como doentes de Alzheimer são frequentemente desnutridas e sofrem de deficiências de vitaminas, a introdução de uma dieta rica em proteínas e suplementos de vitamina B é vital não apenas para o tratamento da doença de Alzheimer, mas para um retorno à saúde física. A adição de alimentos como carnes magras, leite, amendoim, vegetais de folhas verdes, cereais integrais ou enriquecidos, levedura seca de cerveja e café aumentar a ingestão de niacina e aumentar a ingestão de proteína vital para a recuperação. Quando o corpo não consegue produzir ou tomar bastante vitamina B-3 através de dieta, a niacina suplemento de recuperação aids. A ingestão atualmente recomendada de niacina para os homens é 16 mg por dia e para as mulheres, 14mg. O estudo do Rush Institute descobriu que os benefícios para as doenças relacionadas com a demência começou quando uma dieta rica em niacina foi complementada com um suplemento de niacina administrada por via oral, pelo menos, 17 mg por dia.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

DOENÇA DE ALZHEIMER E
VITAMINA E
¹
.
FLORES, Priscila Trindade
2
; SOUZA, Juliana², BLASI, Tereza Cristina³, BLÜMKE,
Adriane Cervi³
.
¹ Trabalho elaborado no grupo de Assistência Multidisciplinar Integral aos Cuidadores dos Portadores
da Doença de Alzheimer
-
AMICA da UNIFRA
² Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano;
Santa Maria,
RS, Brasil.
3
Professora orientadora, Curso de nutrição do Centro Universitário Franciscano; Santa Maria, RS,
Brasil.
Email:
prika_73@hotmail.com
; juliana.nutrição2010@hotmail.com
,a
RESUMO
Estudos demonstram que o estresse oxidativo pode contribuir para o processo patológico da
doença de Alzheimer. Nesse contexto a vitamina E que é um composto nutricional que funciona como
u
m antioxidante tem sido de grande interesse na utilização para o tratamento dessa desordem. Assim
esta revisão tem por objetivo avaliar os possíveis papéis da vitamina E, na prevenção ou tratamento
da Doença de Alzheimer. O presente trabalho baseia
-
se em
u
ma
revisão bibliográfica de artigos
científicos nas bases de dados eletrônicas.
Alguns estudos sugerem,
que o consumo de vitamina E
tem se relacionado com benefícios e
m pacientes com Alzheimer, como
redução do desenvolvimento
da doença de Alzheimer
e melho
r desempenho cognitivo,
porém não foram unanimes verificando a
necessidade de mais estudos com essa vitamina.
Palavras Chaves
: vitamina E; Doença de Alzheimer; tocoferol; nutrição, antioxidantes.
1. INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional é um fenômeno
em todos os países do mundo.
Estima
-
se que, considerando a população mundial, o número de pessoas com 60 anos ou
mais irá crescer mais de 300% nos próximos 50 anos, indo de 606 milhões em 2000 para
quase dois bilhões em 2050. Uma decorrência do processo d
e envelhecimento populacional
é o aumento significativo na
prevalência de doenças crônicas degenerativas
. Dentre elas,
destacam
-
se as demências, sendo a mais comum a Doença de Alzheimer (DA)
(SCAZUFCA et al., 2002).
A doença de Alzheimer se caracteriza pri
ncipalmente por quadro demencial
progressivo com comprometimento inicial da memória para fatos recentes. Em seguida, há
deterioração das funções cognitivas com apraxias construtivas, agnosias e distúrbios
2
afásicos
.
Evidencia
-
se que
o estresse oxidativo
e o acúmulo de radicais livres estejam
envolvidos na fisiopatologia da doença devido à peroxidação lipídica excessiva, que pode
acelerar a degeneração neuronal
(
FACU
RE
; CASTRO
; MENEZES
,
1993)
.
O tratamento farmacológico da doença é muito limitado, reduz
indo
-
se praticamente à
minoração dos sintomas passíveis de serem abordados medicamente, o que é comum
a
todas as formas de demência
(
PINTO et al.,2005
)
Além disso, os mecanismos de combate aos radicais li
vres podem estar alterados na
doença
. Relata
-
se
na literatura
que
h
á
concentr
ação elevada de enzimas antioxidantes em
algumas regiões do cér
ebro de pacientes com DA
, quando comparados com indivíduos do
grupo controle, sugerindo uma resposta enzimática compe
nsatória após o dano oxidativo
(
GRUNDMAN
, 2000)
.
Nesse contexto a vitamina E
que é um composto nutricional que funciona como um
antioxidante responsável pela varredura de radicais livres no organismo, tem sido de grande
interesse na utilização para o tratamento dessa
desordem
(
TABET, BIRKS, GRIMLEY,
2008)
.
Em
sua forma ativa
α
-
tocoferol, é
encontrado em lipoproteínas e
membranas,
atuando no bloqueio da reação em cadeia da peroxidação lipídica, através do sequestro do
radical peroxila (SOUSA et al., 2007).
Assim esta revisão tem por objetivo avaliar os possíve
is efeitos da vitamina E, na
prevenção ou tratamento da Doença de Alzheimer.
2. METODOLOGIA
O presente trabalho baseia
-
se em
uma
revisão bibliográfica de artigos científicos nas
bases de dados eletrônicas Scielo
(
Scientific Electronic Library Online
),
LILACS (Literatura
Latino
-
Americana e do Cari
be em Ciências da Saúde) e BVS (biblioteca virtual da saúde).
A busca foi realizada no mês de agosto de 2012. A seleção dos descritores utilizados
no processo de revisão foi efetuada mediante consulta ao DECs Mech (descritores de
assunto em ciências da sa
úde da BIREME). Nas buscas, os seguintes descritores: vitamina
E, Doença de Alzheimer, tocoferol; nutrição; antioxidantes. As associações foram vitamina E
e Doença de Alzheimer, tocoferol e Doença de Alzheimer, nutrição e Doença de Alzheimer,
antioxidantes
e Doença de Alzheimer
.
Os critérios de inclusão foram artigos originais ou de revisão
dos
últimos
dez anos de
publicaç
ão
, artigos de livre acesso e disponíveis na integra, na língua portuguesa, inglesa,
espanhola e italiana. Os critérios de exclusão foram teses, monografias, estudos com
po
rtadores de outras patologias além de Alzheimer e outros idiomas estrangeiros.
3
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
F
oram identificadas
oito
publicações que preencheram a todos os crité
rios de
inclusão. Os artigos for
am publicados no período de 200
2
a 201
0
.
O estudo de
Gackowski et al. (2008), a
nalisou
os danos causados pelo estresse
oxidativo e os níveis de antioxidantes no sangue dos indivíduos com doe
nça de Alzheimer e
doença vascular e pacientes controle. Percebeu
-
se que o estresse oxidativo é um fator
importante na patogênese da doença, sendo provável que o tratamento destes pacientes
com antioxidantes pode retardar a progressão da doença.
No estudo de
Morris et al (2002),
realizado com 2.889
pessoas
, com idades entre 65
a 102 anos,
foi realizado
um questionário de frequência alimentar
onde
verificou
-
se que a
ingestão de vitamina E, a partir de alimentos ou suplementos, está associado
ao
baixo
risco
de declínio cognitivo.
Na pesquisa de Felice et al. (2010) foi investigado a associação entre os níveis
plasmáticos de oito tipos diferentes de vitamina E, e a incidência da doença de Alzheimer
(DA). A amostra constituída de 232 indivíduos com 80 an
os ou mais, onde foram
acompanhados por seis anos para detectar a incidência de DA. O estudo detectou que os
níveis plasmáticos elevados de vitamina E são associados com um risco reduzido da DA em
idade avançada. Porém este efeito neuroprotetor de vitamina
E pode ser devid
o
a uma
combinação de formas diferentes de vitamina E, e não somente alfa
-
tocoferol isolada.
Na pesquisa de Grodstein
,
Chen
,
Willett
(2003)
o objetivo foi investigar a relação de
suplementos de altas doses de antioxidantes para a cognição, com amo
stra constituída por
14.000 mulheres americanas.
Em longo prazo
os usuários de vitamina E tiveram um
desempenho significativamente melhor, concluindo que o uso de suplementos de vitamina E
específicas, pode estar relacionado com modestos benefícios cogniti
vos
.
O estudo de Cardoso
e
Cozzolino
(2009),
de
revisão bibliográfica, concluiu que a
literatura tem se mostrado inconclusiva ao relatar os benefícios da suplementação com
vitamina E, pois não estabelece as dosagens seguras e
eficazes. Os autores sugerem que
essa medida não deva ser recomendada com o propósito de prevenir ou tratar a Doença de
Alzheimer.
Tabet, Birks, Grimley (2008) tiveram por objetivo examinar os efeitos da vitamina E
como tratamento para as pessoas com a DA
atr
avés de uma revisão sistemática
,
ap
ós
a
busca de artigos
a
penas um estudo
identificado que preenche
u a
todos os
critérios de
inclusão
dos autores
. Porém,
estes
detectaram que
o
estudo
foi limitado a pacientes com
doença moderada,
e
tamb
ém considerou seus
resultados
de
difícil
interpreta
ç
ão
.
Assim
c
oncluíram
que não houve evidências suficientes sobre a eficácia da vitamina E no
4
tratamento da DA, mostrando a necessidade de novos estudos para justificar o possível
beneficio dessa vitamina.
No estudo de revisão de Engelhardt et al. (2005),
encontrou
três
estudos dos quais
u
m estudo de c
orte prospectivo populacional
que
demonstrou redução do risco de DA pela
ingestão alimentar de vitamina E.
Em outro estudo de meta análise conclui que d
oses
superiores a 400UI/dia devem ser evitadas até que novas evidências de eficácia sejam
documentadas, baseadas em ensaios clínicos adequadamente conduzidos devido ao risco
maior de mortalidade decorrente de doses elevadas desta vitamina em comparação a d
oses
mais baixas no grupo controle.
P
or
ém
encontrou apenas
um estudo
que considerou de
m
etodologia aceitável
,
o qual
mostrou benefício com uso de dose elevada (2000 UI/dia
) de
vitamina E.
Luchsinger et al. (2003) desenvolveu pesquisa com 980 idosos americanos de 65
anos ou mais de idade, que foram acompanhados por 4 anos com objetivo de
determinar se
a ingestão de vitaminas antioxidantes diminui o risco
de DA através de questionários de
frequência alimentar. Percebeu
-
se que nem a ingestão dietética suplementar, nem total de
vitaminas E, foi associada a uma diminuição do risco de DA no presente estudo.
4. CONCLUS
ÃO
Alguns estudos demostram que a vitamina
E tem provável efeito
de
retardar a
progressão da doe
nça, diminuir o risco de desenvolvimento
, além de
benefícios no
desempenho cognitivo. Porém
,
esses resul
tados não foram unanimes entre as pesquisas
,
além d
isso, os estudos não estabeleceram
as dosagens s
eguras dessa vitam
ina, sugerindo
que novas pesquisas
deva
m ser feita
s antes de recomendar a vitamina E para prevenção ou
tratamento da doença
. De qualquer forma, sabe
-
se d
a importância desta vitamina
para a
saúde do organismo e
prevenção d
e doenças crônica
s não transmissíveis.
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